quarta-feira, 22 de julho de 2009

Silêncio


Quase todos os dias sou confrontado com esta experiência de vida e não consigo aprender com ela, eu falo do silêncio, quando se devia de estar calado e não se está, aprender que não se deve dar conselhos, por mais bons que nos pareçam, a não exprimir os meus sentimentos por mais profundos que sejam e essencialmente não falar de mim. Isto vai contra tudo o que acredito, mas torna-se uma maior realidade a cada minuto que passa, sinto-me frustrado e irritado. Só sei que é um sentimento negativo e quero repudia-lo, mas como? Ficando em silêncio é uma solução, mas mesmo assim fica algo dentro de mim que se contorce, querendo sair, tento assimila-lo, mas sempre que tento maior se torna, fico com calafrios e so me apetece gritar. Mas o silêncio quando bem feito é um prazer indiscutivel, mas um pouco morbido, com um sabor agridoce que quando bem apreciado e tendo essa experiência, se torna em algo positivo contra a sociedade, impede que sejamos bombardeados com negativismo, pessimismo e com conselhos dados pelas costas e sem darem a devida atenção ao ser humano que se encontra ali, impede que sejamos criticados, pois nada podem fazer, pois nada tem contra nós, impede que haja negativismo pois o único negativismo é não terem tido a minha resposta e esse, passa depressa, como se do silêncio se fala-se. Tantas coisas me aparecem no Agora, que outrora não me aperceberia, pois no Agora entro no silêncio, para que não se fale no passado e não haja negativismo no futuro.

Ricardo Poeiras

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Julgamento




Quem somos nós para julgar seja quem for por terem escolhido o caminho que decidiram tomar...
Hoje, julguei um amigo, não lhe disse, mas pensei... ainda bem que não lhe disse, pois agora ficaria mais arrependido do que já estou, só de ter pensado.
Julguei-o porque ele não quis mudar.
Julguei-o porque escolheu o mesmo caminho, apesar de tantas outras pessoas lhe mostrarem que existem outros.
Julguei-o por pensar que estava a cometer um erro.
Julguei-o por ele amar...
Agora, já não o julgo, porque ele escolheu o SEU caminho, o caminho que independentemente de todas as dificuldades que possa encontrar, é seu e só seu.
Agora, tenho o pensamento livre e a convicção de que não preciso de me preocupar, pois ele já escolheu o seu caminho.
Agora, sei que não devo julgar ninguém pelo seu caminho nem pelo seu caminhante.
Agora, sei que no seu caminho é ele o comandante.
Agora, sei que foi uma lição de vida para tornar os meus pensamentos mais restringidos para não julgarem, não há razão para o fazerem, mas é triste os meus pensamentos fazerem-no...
Agora, sei....

Ricardo Poeiras

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O Poder do Agora

Como na minha outra mensagem falei sobre este livro e sobre algumas teorias deste Autor, achei por bem colocar um pequeno texto retirado do livro de Eckhart Tolle e que resumidamente explica o Poder do Agora. Pois aqui vai:
"Você alguma vez já vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma coisa fora do agora? Nada jamais aconteceu no passado, aconteceu no agora. Nada jamais acontecerá no futuro, acontecerá agora. O que consideramos como passado é um traço da memória, armazenado na mente, de um Agora anterior. O futuro é um Agora imaginado, uma projeção da mente.Obviamente, o passado e o futuro não têm realidade própria. A realidade deles é "emprestada" do Agora. A essência dessas informações não pode ser compreendida pela mente. No momento em que captamos a essência, ocorre uma mudança na consciência, que passa a desviar o foco da mente para o Ser, do tempo para a presença. De repente, tudo parece vivo, irradia energia, emana do Ser. Enquanto não somos capazes de acessar o poder do Agora, vamos acumulando resíduos de sofrimento emocional. Todo esse sofrimento cria um campo de energia negativa que ocupa a mente e o corpo. Se olharmos para ele como uma entidade invisível com características próprias, estaremos chegando bem perto da verdade. O sofrimento pode nos parecer um monstro perigoso, mas eu lhe garanto que se trata de um fantasma frágil. Ele não pode prevalecer sobre o poder da nossa presença. No momento em que o observamos, sentimos seu campo energético dentro de nós e desfazemos nossa identificação com ele, surge uma nova dimensão da consciência. Chamo a isso de presença. Isso significa que ele não pode mais nos usar, fingindo ser nosso eu interior. Então, não temos mais como realimentá-lo. Aqui está nossa mais profunda força interior. Acabamos de acessar o poder do Agora, o poder da sua própria presença consciente. O Tempo do relógio não diz respeito apenas a marcar um compromisso ou programar uma viagem. Inclui aprender com o passado, para não repetir os mesmos erros indefinidamente. Estabelecer objetivos e trabalhar para alcançá-los. Mas, mesmo aqui, no âmbito da vida prática, onde não podemos agir sem uma referência ao passado ou ao futuro, o momento presente permanece como um fator essencial, porque qualquer ação do passado se aplica ao agora. E planejar ou trabalhar para atingir um determinado objetivo é feito agora. O principal foco de atenção das pessoas iluminadas é sempre o Agora, embora elas tenham uma noção relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico. Se estabelecemos um objetivo e trabalhamos para alcançá-lo, estamos empregando o tempo do relógio. Se insistimos demais nesse objetivo, talvez porque estejamos em busca de satisfação, deixamos de respeitar o Agora. E ele é reduzido a um mero degrau para o futuro, sem nenhum valor intrínseco. O tempo do relógio se transforma então em tempo psicológico.Nossa jornada deixa de ser uma aventura e passa a ser encarada como uma necessidade obsessiva de chegar, de possuir, de "conseguir". Aí não somos mais capazes de ver nem de sentir as flores pelo caminho, nem de perceber a beleza e o milagre da vida que se revela em tudo ao redor, como acontece quando estamos presentes no Agora. Sempre que você puder, crie algum espaço de modo a encontrar a vida sob a sua situação de vida. Utilize todos os seus sentidos plenamente. Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Esteja consciente do espaço que permite cada coisa existir. Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa. Sinta e reconheça o Ser dentro dela. Observe o ritmo da sua respiração. Sinta e energia vital dentro do seu corpo. Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas "sejam". Mova-se profundamente para dentro do Agora. Você está deixando para trás o agonizante mundo da abstração mental e do tempo. Está se libertando da mente doentia que suga sua energia vital, do mesmo modo que,lentamente, ela está envenenando a Terra. Você está acordando do sonho do tempo e entrando no presente. "
Eckhart Tolle

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Evolução do Agora

Os pensamentos fluem a uma rapidez estonteante que me deixam zonzo, são disparos contínuos que mais parece que o cérebro me quer por louco. Realmente o nosso cérebro é uma loucura pegada, não descansa, está consecutivamente a pensar em algo e para o mandar calar é pior que tentar arrombar um cofre. Mandar calar....silêncio....Eckhart Tolle é um guru nesta área e dos muitos livros que li até hoje, é o único que, com mais loucura que os nossos próprios cérebros, consegue por os nossos pensamentos, logo o nosso cérebro, a achar que tem lógica, a presumir que é capaz de ter razão mas negar-se a fazê-lo. Que grande contra senso, mas com uma grande lógica, para quem não sabe o que falo, aconselho a ler o livro "O Poder do Agora", muitos outros Mestres e Guru's (Gandhi, Buda, etc...) tiveram a mesma "ideia" o mesmo raciocinio lógico, só o explicaram por palavras diferentes.
Agora pô-lo em prática já é outra questão, a ideia resumindo por poucas palavras as próprias de Tolle é silenciar o cérebro, fazer com que ele não pense no passado nem no futuro, só no presente, no Hoje, no Agora, sem pensar só visualizar, só sentir a vida sem o cérebro se por com ideias. Acredito piamente que é a solução, o meu cérebro concorda, mas passa 99.9% do tempo a negar fazê-lo. Sinceramente, já o consegui fazer por alguns segundos, até mesmo quando em pleno, alguns minutos e deve dize-lo que a sensação é maravilhosa, as preocupações desaparecem, os medos, tristezas, tudo...! Mas o ideal seria fazê-lo permanentemente e já compreendi que por mais que tente menos tempo consigo, mas o meu erro reside mesmo ai...tentar...não devo tentar, devo fazê-lo, sem pensar, simplesmente fazê-lo. Há uns bons anos que já li este livro e na altura até tentei "fazê-lo", mas acabei por me levar novamente para os pensamentos do dia-a-dia e pela sociedade até voltar, hoje, a sentir novamente esse chamar para o Agora, espero que desta vez não volte a recair na rotina e na sociedade de pensamentos no tempo que de nada serve para a vida. Vou dando noticias da evolução do Agora e se resisto ao pensamento do tempo! Desejem-me boa sorte!
Ricardo Poeiras

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Transformação

Há momentos na vida que queriam barragens para o espírito não poder evoluir e se transformar.
O espírito humano é como um rio, tem uma nascente de pura vida, um caminho, e uma foz.
Para chegar ao seu derradeiro destino tem de percorrer esse longo e tortuoso caminho que tem de esculpir com a força do seu caudal. É um ser "vivo" com uma vontade de viver, que viaja no seu próprio destino.
Há imensos obstáculos naturais que por si só dificultam a viagem e que só podem ser transpostos se houver volume no seu caudal de vida para se transformar e mudar o rumo sempre que seja necessário.
Muitos "rios" param e estagnam em "barragens" criadas pelo ser humano, que retiram toda a energia e tornam o caudal muito mais pequeno e sem força para transpor a já por si agressiva natureza.
Mas tal como uma grande força natural, exigindo uma transformação, aumenta o seu caudal a ponto de a barragem não ter capacidade de aguentar a energia, tal imensidão, e rebenta deixando o rio continuar a sua viagem, agora, com muito mais força. Essa força, capaz de mover montanhas que outrora se teriam de contornar.
Como escreveu um grande amigo meu, "é contra natura não haver essa transformação, tudo se transforma, tudo se adapta. Na natureza nada é realmente imutável." (KuatrOvos)
Nem nós, seres humanos com os nossos pequenos "rios" e com as nossas grandes "barragens" devemos estagnar! Na vida, nada se perde, tudo se transforma!
Ricardo Poeiras